sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Uma vez na Jordânia

Meu caro Paulo
Ainda a propósito do chamado 'terrorismo moderno', sob comando do (felizmente defunto) Yasser Arafat e com o apoio da União Soviética, a OLP começou por tentar transformar a Jordânia num estado palestiniano. O malogrado rei Hussein diz nim e começam as tensões entre palestinianos e o governo da Jordânia. Arafat foi expulso do país e, pouco depois, chegaria a retaliação com o sequestro e subsequente destruição de quatro aviões daquele país pela OLP. Na Guerra Civil da Jordania (1970-1971), a monarquia jordana, com a ajuda de Israel, derrotou a OLP e a Síria, que se preparava para invadir a Jordânia em apoio à organização.
Depois dessa derrota, Arafat transferiu-se, juntamente com a OLP, da Jordânia para o Líbano onde a organização conseguia operar virtualmente como um estado independente (carinhosamente apelidada de "Fatahlândia" pelos israelitas). A OLP começou então a usar este novo território para fustigar os territórios israelitas. Em Setembro de 1972, um grupo chamado Setembro Negro, descrito pela imprensa ocidental como uma fachada operacional usada pelo grupo Fatah de Arafat, sequestrou 11 atletas israelitas durante os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha. No confronto com a polícia que invadiu o local, os atletas foram mortos, o que ficou conhecido como o "Massacre de Munique". Contudo, para muitos que hoje ainda apoiam o terrorismo, esta foi mais uma fase por que passámos... E assim vai o mundo. AAS