sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O relógio virado do avesso

"O presente “dicionário”, feito na universidade onde o Sr. CGJ fez a sua licenciatura, visa a elucidar os jovens guineenses de que para desenvolver este pais não é necessário ir a escola.

Caros leitores do estúpido e realista “dicionário”.

Começo por vos relembrar as recentes palavras do vosso/nosso Primeiro Ministro no leste do país: - Ami n’ca bai universidade, ma no douturs ….. Nha sétimo ano de vida i ma…… qualquer universidade. Assim termina a visão do homem que dirige os destinos deste povo sobre o ensino superior.

Quase quatro décadas após a independência da Guiné Bissau, vale a pena lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa: “ Há tantos burros a mandar em homens inteligentes que, às vezes, penso que a burrice é uma ciência”.
Voltemos ao “dicionário”.

País - Uns metros quadrados ocupados por meia dúzia de almas, com uma bandeira e um hino. Nessas poucas almas existem cerca de meia centena delas que, ambiciona transformar os referidos metros quadrados em suas propriedades, sob comando de um padrinho semi-analfabeto, delapidando a um ritmo alucinante o bem comum, fazendo negócios num núcleo extremamente fechado, sem concursos públicos e não dando nenhuma explicação ao povo.

Escola - Barracão com algumas imitações de carteiras, cadeiras e uma alma a desbobinar.

Mercado/Feira - Não se distinguem. Área ocupada pelo Zé povinho a procura do seu “ganha pão”, caracterizada pela imundície e desorganização.

Alimentação – bianda parmanha e com muita sorte, bianda di tardi.

Funcionário Público – Individuo a vaguear pelas ruas esburacas, em viaturas de matrícula amarela, com alguns cfas no bolso.

Jornalista – “palhaço com um micro”, oferecendo serviço. 90% deles não esteve numa escola de jornalismo.

Militar – Jovem vestido de verde e sem ocupação. “Tans en tans” , por decreto nas tabancas, decidem “fazer a folha” a uma personalidade e ocupar a cidade por algumas horas.

Governo – único do mundo em que mais de 50% dos governantes não tem licenciatura. Estes “artistas” estão sob comando de um padrinho caracterizado pela sua perigosidade maligna.

Presidente – Alma que não se vê o braço.

Assembleia – Bando de 100 almas, pouco dotado para legislar, mas especialistas em fazer negócios. Melhor dito – negociatas.

Hospital – Local infestado, perigo de morte. A única vantagem é ter a nossa última morada nas traseiras. Viva o cemitério municipal.

Estatísticas – Não se produzem. Provavelmente a única “nação” deste planeta onde a estatística não serve para nada. Que pena, muita pena. Não sabemos onde estamos e nem para onde vamos.

Energia Eléctrica – Não é necessária, bastam umas velas.

Resultado final – revolta popular, revolta militar ou qualquer coisa parecida. Que Deus nos ajude!

IAS
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M/R: Ditadura do Consenso: o WikiLeaks guineense! AAS