segunda-feira, 29 de julho de 2013

Detenção em Bissau - Cabo Verde não poupa esforços para libertar os seus dois agentes


O Primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, disse hoje (segunda – feira) na Cidade da Praia, que o Governo "está a trabalhar em várias frentes" para conseguir a libertação dos dois polícias nacionais presos na Guiné Bissau. José Maria Neves reconheceu que "o problema é complexo", mas indicou que o Governo tem dado todo o apoio necessário aos dois cidadãos cabo-verdianos, nomeadamente judicial, através de advogados.

"Estamos em permanente contacto com os dois agentes, as autoridades guineenses e os organismos internacionais para resolvermos da melhor forma possível esta situação". Questionado sobre a demora na resolução do caso, José Maria Neves pediu paciência e disse que "há questões que não podem ser resolvidas ao ritmo que desejamos, tendo em conta um conjunto de equívocos que têm de ser removidos".

O Primeiro-ministro confirmou também que o embaixador de Cabo Verde no Senegal, Francisco Veiga, se encontra neste momento na Guiné-Bissau a dialogar com as autoridades guineenses para trazer de volta os dois agentes da Polícia Nacional. Os dois agentes do Departamento de Estrangeiros e Fronteiras Mário Lúcio de Barros e Júlio Gomes Tavares foram detidos no Aeroporto de Bissau no dia 12 de Julho, quando já se encontravam na sala de embarque para Cabo Verde, depois de terem realizado uma missão de escolta a uma cidadã guineense expulsa do país, depois de cumprir metade de uma pena por tráfico de droga.

Também o novo líder do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), Ulisses Correia e Silva, pediu o reforço do diálogo político e diplomático, com vista à libertação dos dois agentes da Direcção de Migração e Fronteiras de Cabo Verde, detidos na Guiné Bissau desde 12 de Julho.

Em declarações à comunicação social, no final de uma audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, Ulisses Correia e Silva afirmou que o único caminho que o Governo cabo-verdiano deve seguir é a intensificação do diálogo político e diplomático com as autoridades guineenses, para que os dois cidadãos cabo-verdianos possam regressar rapidamente ao país.