sexta-feira, 11 de julho de 2014

BRASÍLIA: Djamila Gomes responde


"Caro Aly

Tenho acompanhado a saga “Embaixada da Guine Bissau no Brasil” com alguma curiosidade por ter passado algum tempo por essas bandas. Nunca dominei o uso das palavras o que as vezes até me trazem dissabores. É com muita surpresa que deparei com os insultos dirigidos ao meu pai pelo Sr. Filho da Embaixadora em exercício.

Ó Helmer!

Não sei se é pelo desespero da causa, mas ocupar tantos cargos em 2 anos do Brasil para mim só tem um nome: Incompetência!

Meu pai, o “EMBAIXADOR LIBERATO”, nos vinte e um anos que exerceu a carreira de Embaixador, nunca carregou nenhum filho no troller para viajar. Com todos as dificuldades financeiras inerentes dos problemas operacionais nas nossas embaixadas, nunca abandonou o cargo em “momentos oportunos” para estar em Bissau a cobrar dívidas. Se trabalhou para dar emprego a sua mãe, foi indigitado para tal, pelos seus superiores. E tenho certeza que sua experiencia e inteligência pesou na sua escolha. Se querias habitar uma mansão em Brasilia, comprasses uma.

Imbecilidade?! Corja de pseudo-diplomáticos??!! Funcionário da Embaixada chamados de Trolha???!!!

O EMBAIXADOR DE BICICLETAS comprou o primeiro carro depois de formar a última filha, num total de quatro irmãos (médica, tradutora, arquiteta, advogado e economista), que felizmente se auto sustentam. De bicicletas, porque sempre andou do mesmo por falta de condições de comprar um carro durante nossos estudos. É sabido … Sendo vizinho, mesmo ausente, deves saber um mínimo sobre a nossa família para definir o verdadeiro significado de família coesa.

A minha maior dúvida consiste no facto da disponibilidade financeira dos familiares da Embaixadora, uma vez que, pelo meu entender, todos (mãe, pai, filho) dependerem do salario dessa mesma Embaixada, que está em falta ….
Podia falar mais, mas não estou com disposição hoje.

PS.: Tia Eugénia, amiga Katiuska, mil perdões, mas sou filha.

Djamila Gomes, Arquiteta.

djamilagomes@gmail.com"