quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

EUA notam "progressos tremendos" na Guiné-Bissau


O departamento de Estado norte-americano considera, numa declaração à Lusa, que se notam "progressos tremendos" na Guiné-Bissau, elogiando as reformas políticas no país.

"Temos notado progressos tremendos desde as eleições em Maio de 2014 e encorajamos os representantes a continuarem os seus esforços", afirmou o Departamento de Estado norte-americano numa declaração enviada à agência Lusa, depois de nomearem um novo embaixador para o Senegal e Guiné-Bissau e de terem readmitido o país lusófono no Programa de Crescimento e Oportunidade Africano.

Os EUA têm acompanhado de perto a evolução no país desde 2012, quando um golpe de estado colocou no poder um executivo não reconhecido por grande parte da comunidade internacional, em particular pela CPLP.

"A nossa embaixada em Dakar monitoriza os desenvolvimentos na Guiné-Bissau através de visitas regulares de funcionários diplomáticos, incluindo um funcionário responsável unicamente pela Guiné-Bissau", informou o Departamento de Estado. Na mesma nota, a instituição explicou que tem regularmente "encontros a todos os níveis de governo e com a sociedade civil, incluindo com os media e instituições de ensino".

A 23 de dezembro, o Presidente Barack Obama readmitiu o país num programa de livre comércio com os Estados Unidos, chamado Acto para o Crescimento e Oportunidade Africano (AGOA). A Guiné-Bissau tinha sido removida da lista da elegibilidade do AGOA em janeiro de 2013, devido ao golpe de estado e à falta de progressos assinaláveis no combate ao tráfico de drogas.

Os EUA entendem agora que o país tem avançado substancialmente ao restabelecer o estado de direito e pluralismo político com as eleições legislativas e presidenciais e uma transição com êxito para um governo democrático.

Em comunicado, a Casa Branca admitiu que "muito falta fazer para consolidar o estado de direito e reduzir a corrupção, mas os sinais apontam para uma impetuosa reviravolta que pode servir de base para um crescimento económico estável e aberto ao investimento estrangeiro."

Também em dezembro, os EUA nomearam um novo embaixador para o Senegal e Guiné-Bissau, James Peter Zumwalt, um diplomata que tem prestado serviço nos EUA e em países asiáticos. Os EUA fecharam a sua embaixada em Bissau na sequência do conflito militar interno que abalou o país em 1998 e 1999, nomeando desde então apenas um representante para os dois países.

O Departamento de Estado garantiu à agência Lusa que, apesar dos sinais encorajadores dos últimos meses, "não existem de momento planos para tornar a abrir uma embaixada dos EUA na Guiné-Bissau." Lusa