quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

OPINIÃO: "Avé, manifesto!"


"Bom dia, Aly

Antes de mais, aproveito felicitar-te e encorajar-te, mais uma vez, pelo teu patriotismo e empenho com a causa do teu/nosso país. O objectivo deste meu artigo, é por uma lado, felicitar os autores da petição que reclama o retorno dos exilados políticos guineenses, ex-governantes, que se encontram constrangidamente retidos no estrangeiro e sem esperanças ou sinais concretos da parte do actual regime, que vislumbrem intenções a curto ou médio termo de promoverem o regresso desses ilustres cidadãos à pátria, ao pais pelo qual se sacrificaram e renderam louvados serviços.

E, por outro lado, e de passagem, endereçar-te concomitantemente, o meu sentido obrigado, mais uma vez pelo teu patriotismo abnegado, ao aceitares, através do teu prestigiado blog servir de plataforma a essa reivindicação de relevante acção de cidadania.

A esta louvável iniciativa que se dirige de forma clara e elucidativa a todos os filhos da Guiné-Bissau, deve patrioticamente interpela-los sobre a situação que se vive hoje no pais que, pela constância e vivência dos factos e actos deploráveis com as quais quotidianamente as nossas instituições ofertam aos guineenses, em particular, acções transloucados da parte da mais alta Magistratura da Nação.

Este manifesto, reveste-se no contexto actual, de maior relevo e pungência interpelativa da consciência colectiva guineense, hoje à mercê de gente eivados de ingratidões, traições, para com aqueles que outrora bem lhe serviram.

O manifesto em traços gerais, demostrou com clareza e constância, o que os hipocritas e os politiqueiros oportunistas e sem ocupação do nosso pais tendem a negar e denegrir. Existem na realidade, factos e acções de inegáveis relevância postulados em obras concrectas cuja traçabilidade e evidência não permitem escamotear a verdade.

Ha que admitir, o homem politico Carlos Gomes Junior, vulgo Cadogo, tem a sua estrela, tem a sua boa sina para o pais e, tem acima de tudo liderança. Liderança incontestável que, contra ventos e marés, bem ou mal pôs ao serviço do seu pais e do povo da Guiné-Bissau.

Creio mesmo que, foram essas valências de resultados e liderança, associado ao seu arreigado nacionalismo e fervoroso soberanista, foram os principais factores que ligados a pretensos legados nacionais obscurontistas e sectarista, que o levaram, a ser purgado da lide politica nacional, vendido e postergado a favor dos interesses estrangeiros da sub-região. Todo o mundo sabe que, caso Cadogo fosse presidente daria continuidade à promoção do desenvolvimento para o pais, tal como fez enquanto foi Chefe de Governo.

Cadogo seria o presidente que defenderia intransigentemente a soberania e os interesses nacionais e não se curvaria facilmente aos interesses subreginais, cujos certos paises regionais, nos querem dominar e subordinar. Por isso, hoje entende-se perfeitamente porque razão Cadogo era incomodo e a todo preço e sacrifício alguns países da sub-região principalmente, para a troika constituída pelo Senegal, a Costa do Marfim e o Burkina Faso não queriam que ele fosse eleito presidente da Republica nas eleições interrompidas de abril 2012.

Inventaram-se tantas mentiras, tantas calunias para se livrarem de uma sombra que, apesar de tudo, dava conforto e esperança aos guineenses e prometia dias melhores..., infelizmente, pactuaram com o caos e impingiram-nos um caso clinico sem retorno e com consequências imprevisíveis para o pais.

Em tudo isto, não deixarei de atirar uma pedra aos telhados da comunidade internacional, organismos internacionais e sub-regionais (NU, UA, CEDEAO, CPLP, UE, ONUDH etc) que, sem distinção, ficaram impávidos e sereno decorridos quase sensivelmente quatro anos sobre os acontecimentos dramáticos de 12 de abril, nada fizeram de relevante quanto à barbarie cometida.

Mais: nada fizeram, para com o cidadão Carlos Gomes Junior, quer quanto à pertinente questão regresso (em segurança) ao seu pais, tão menos se inteiraram, como ele vive, melhor sobrevive, porquanto apátrida, sem meios de trabalho, sem acesso aos seus bens e direitos e sem poder gerir e defender os seus interesses nos seus negócios e parcerias, longe da família, pior ainda longe das populações que com abnegação e patriotismo sempre serviu.

Se ha uma boa acção com a qual me comprometo e me empenharei a fundo, é esse manifesto, tanto mais que, cada dia que passa sentimos a sua falta
Bem hajam
"