domingo, 31 de outubro de 2010

ÚLTIMA HORA: Novo fantasmício de Cadogo...

Paragem obrigatória em Mafanco... Cerca de 2 horas. Não apareceu ninguém. Em Gabú, então, foi um fiasco. Mesmo a pagar 2.000 fcfa por cabeça... AAS

sábado, 30 de outubro de 2010

EXCLUSIVO/Crise no Governo - O despacho que trouxe a polémica entre o 1º Ministro e a Ministra do Interior

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EXCLUSIVO - Ministra do Interior desmente tudo: "Não rasguei despacho nenhum. Fui educada pelos meus Pais, e pelo Amílcar Cabral»

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- Ditadura do Consenso (DC) - Boa noite, senhora Ministra.

- Hadja Satú Camará Pinto (HSCP) – Boa noite.

- Sra. Ministra, fala o jornalista António Aly Silva, do blog Ditadura do Consenso (DC). Durante todo o dia quis falar consigo...

- HSCP – Sim...

- DC – Sra. Ministra, é verdade que recebeu o Despacho de suspensão de funções assinado pelo Primeiro-Ministro e você rasgou-o?

HSCP – Não... sr. Jornalista, não queria falar sobre este assunto. A minha função, é a de garantir a paz e a estabilidade. Não tenho nada a comentar sobre essa matéria...

DC – Sra. Ministra, a imprensa diz que você recebeu o Despacho, e rasgou-o... as pessoas estão chocadas com essa atitude...

HSCP – Não é verdade, sr. Jornalista, não rasguei documento nenhum.

DC – Tem testemunhas disso que acabou de dizer?

HSCP – Tenho. Estavam lá o ministro da Função Pública, Fernando Gomes, e o meu Secretário de Estado, Octávio Alves. Estava também o Coronel Buota Nanbatcha. Fui à Primatura para apresentar ao PM o meu despacho onde nomeava os oficiais, conforme a nova lei orgânica da Polícia de Ordem Publica. O Despacho do PM, onde ele me suspende das minhas funções, foi levado, depois, pelos senhores Carlos Pinto Pereira (Caía) e Tolentino para o Ministério do Interior.

DC – Então, recebeu o Despacho...

HSCP – Recebi, sim.~

DC – Assinou-o?

HSCP – Não, não assinei...

DC – E devolveu-o à Primatura?

HSCP – Também não. Tenho-o guardado, até vieram em triplicado. Se não fosse por telefone, mostrá-lo-ia. Não rasguei nada, nem na Primatura e nem no Ministério, onde mo entregaram.

DC – Se percebi bem, você recebeu o Despacho, não o assinou e nem o devolveu à procedência? E também não o rasgou...

HSCP – Repare, eu não podia fazer uma coisa dessas. E foi o que me chocou – as pessoas a falarem que eu, Hadja Satú Camará Pinto, rasguei um Despacho, com o selo da República, e assinado pelo Primeiro-Ministro. Desde que saí da casa dos meus Pais e entrei para o funcionalismo, pensei que tinha que aturar muitas coisas... Éramos dez irmãos, oito morreram na luta de libertação. Sou alguém que nasceu no seio de uma família educada, o meu Pai era professor e tinha 590 alunos. Eu estava no meio deles. Muitos combatentes da liberdade da Pátria conheceram o meu Pai. Um homem culto que estudou em países árabes, um homem pouco barulhento, pouco problemático. Educou-nos dessa maneira. O meu pai esteve preso na ilha das Galinhas e no Tarrafal. Saí das mãos dele e fui para as do Amílcar Cabral. Portanto, nunca teria essa atitude para com o símbolo da minha Pátria...

DC – Sra. Ministra, porque acha que houve essa violenta discussão entre si e o Primeiro-Ministro...

HSCP – Não digo mais nada sobre essa matéria. Aliás, o sr. Jornalista apanhou-me ‘descalça’... Peço a todos os jornalistas que, no tocante a outros assuntos, deixemo-los no âmbito da Administração...

DC – Muito obrigado, sra. Ministra.

HSCP - De nada. Obrigado, eu.

Entrevista feita por telefone. António Aly Silva

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

EXCLUSIVO: Afinal, a Ministra do Interior rasgou ou não o Despacho do 1º Ministro?

TODA A VERDADE: A entrevista exclusiva com a Ministra do Interior, Hadja Satú Camará, amanhã, no Ditadura do Consenso. AAS

Gâmbia? Revoltante!

"Meus Caros

O que está a acontecer com o António Aly Silva, guineense, nosso compatriota, no seu proprio pais é desagradavel. E inadimissivel.

A paz e o respeito entre nós, guineenses, e o respeito dos outros para connosco constrói-se por pequenas coisas. Por isso, o governo guineense, deve exigir responsabilidade ao Estado Gambiano por tudo o que aconteceu com o nosso cidadão na sua passagem pela Gâmbia.

Pode-se exigir responsabilidades à Gambia, como qualquer Estado que pratique um acto lesivo contra qualquer cidadão, neste caso guineense. Só assim podemos ser respeitados enquanto Estado e enquanto povo.

O que está a acontecer a este nosso cidadão, agora no seu proprio país, pode acontecer a qualquer um de nós. E isso é mau para qualquer esforço de pacificação dos espíritos que se queira construir na Guiné-Bissau, porque dá uma imagem de um Estado impontente, um Estado que pactua com injustiças e desleixos, porque isto ou aquilo não tem nada a ver comigo!

É revoltante.

Quem tem arma pega nele, mais nada. Acredito que se o António Aly Silva fosse um militar o seu problema já teria sido resolvido há muito tempo...

Acreditem.

Abraço, Luís P.
"

NOTA: Obrigado pela preocupação. Uma coisa garanto-vos: a Gâmbia vai pagar até ao último franco. AAS

PRID - Comunicado de Imprensa

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"A Direcçao do Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento – PRID – na sua reunião de 27 de Outubro de 2010 procedeu a análise da actual situação política do país caracterizada pelos elementos estruturantes seguintes:

- O PRID, vem mais uma vez alertar aos guineenses, pelas manobras de diversão, de baixo nível e de irresponsabilidade praticadas pela direcção do PAICG de CADOGO Junior e da sua dita Comissão Permanente;

- A ausência total, até a data presente, de explicações convincentes, por parte do Governo, sobre as circunstâncias dos sucessivos assassinatos que ceifaram a vida do ex-Presidente da República, General João Bernardo Vieira assim como do então Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Tagme Nawaie; e dos antigos membros de governo e deputados Helder Proença e Baciro Dabo;

- As verdadeiras razões da conduta deste governo do Sr. Carlos Gomes Junior, que longe de condenar a prática de assassinatos, deu mostras de legitimar os mesmos, respondendo positivamente ao apelo do auto- proclamado chefe de estado maior general das forças armadas, Zamora Induta, no sentido de justificar e “carimbar” a barbaridade e o emprego desnecessário da força.

- A ausência não só de explicações, mas sobretudo a aliança clara entre o chefe deste governo e aqueles que nunca esconderam a sua participação quer nos assassinatos quer na repressão contra dirigentes da oposição só porque denunciaram os mesmos assassinatos acima referidos.

- O facto de a suposta comissão permanente do PAIGC continuar a negar a existência de uma crise política no país, o que é vergonhoso, sobretudo num contexto em que os principais dirigentes do partido que sustenta este governo, em conferência de imprensa em sede própria, acusam o Primeiro Ministro de envolvimento em crimes de sangue, arrogância e graves desvios políticos.

-O facto do Senhor Presidente da República, contrariamente à opinião deste governo, ter manifestado abertamente, em tribunas internacionais a convicção de que os assassinatos do ex-presidente da república e outros dirigentes em 2009 eram assassinatos políticos e que os resultados da investigação criminal seriam publicados no decurso deste mês de Outubro de 2010.

- O facto de todos os ingredientes estarem reunidos e estarem a fomentar rupturas cíclicas no relacionamento normal entre as instituições da república, crise essa que atingiu o ponto mais alto no dia 1 de Abril passado, como efeito perverso de alianças contraídas em momentos precisos, entre este governo e certas fracções da classe castrense. Alianças essas que sempre “vetamos”. Por outros termos será que no dia 1 de Abril o “feitiço não terá voltado contra o feiticeiro”.

- A propósito da negação da crise política, a crise de relacionamento político entre o Primeiro Ministro e a sua Ministra do Interior, apimentados com insultos pessoais, não será um dos sintomas que aparecem apenas algumas horas após a divulgação do tão mesquinho quanto mentiroso, comunicado da dita comissão permanente do partido do Cadogo no seio do PAIGC?

- No que concerne o pagamento de salários pelo governo do fórum, que a verdade seja dita: quando o Dr. Aristides Gomes tomou posse como Primeiro Ministro, encontrou 2 meses de salários em atraso deixados pelo governo do Sr. Carlos Gomes Junior na altura e deixando também o mesmo número de meses no momento da sua demissão. Quanto ao governo do pacto, a dita comissão permanente do PAIGC, tendo memória curta até ao ponto de esquecer que foi o próprio Sr. Carlos Gomes Junior quem assinou o Pacto, que resultou na formação do governo liderado pelo Eng. Martinho Ndafa Cabi.

Tendo em consideração a situação assim definida, assim como o facto do Senhor Carlos Gomes Junior e a sua dita comissão permanente, tentar esconder-se, de maneira sistemática em discursos desonestos, o Partido Republicano decide:

1- Exigir uma tomada de posição do governo , uma vez por todas, face aos assassinatos ocorridos no pais, condenando-os e colaborando com a justiça no sentido de o primeiro ministro, Sr. Carlos Gomes Junior dar explicações ao povo guineense sobre as circunstâncias dos mesmos.

2- Exigir esclarecimentos sobre as demais questões a propósito das quais, segundo a comunicação social, existem indícios de envolvimento do próprio primeiro ministro assim como de pessoas próximas a ele, nomeadamente:

a) Razão da sua recusa em ir a reunião convocada pelo ex-presidente Nino Vieira no dia 1 de Março de 2009, após assassinato monstruoso do General Tagme Nawaie;

b) Qual o nível de envolvimento do seu filho N’dundo nos casos 4 e 5 de Junho de 2009 que culminaram com as mortes de Helder Proença, Baciro Dabo e outros dois jovens;

c) Quem mandou espancar e torturar os ex-primeiros Ministros, Dr. Francisco José Fadul, Dr. Faustino Fudut M’bali e o Advogado, Dr. Pedro N’fanda?

d) O porquê da soltura do barco “Lamu star” com mais de 5000 kg de droga pura;

e) Pensa que o Povo da Guine-Bissau, já se esqueceu da sua história da destruição da DICOL e do Complexo da Bolola. Havemos de falar ao chegar a hora da verdade, “dia na tchiga nhu daresalam, nada de borgonha ossante”

Viva a Democracia!
Viva a Justica!
Viva o Partido Republicano.

Feito em Bissau 27 Outubro 2010

O Secretariado Nacional
"

Desiludido com...

"Oi Aly Silva,

Antes de tudo quero te dizer que não escrevo bem o português - sou francófono. Mas preciso dizer-te que o teu blog informa muito. Continua assim, quero também dizer, no que diz respeito à crise no Governo, que estou muito desiludido com o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr., porque num estado de direito não se pode insultar um Ministro. Não estamos na ditadura e as mulheres deste país não mereciam isto. Por fim «IL VA RECOLTER CE QU'IL A SEME*.»
Suleimane S.
"

(*) - «Ele (Cadogo) vai colher o que semeou»

NOTA: Obrigado, amigo. O teu português, deixa-me que te diga, supera o de muitoooos guineenses, a milhas! Abraço, AAS

«Movimento Radical»

"Grande Aly


Mantenhas


Tenho seguido a tua saga com o governo gambiano. Realmente é uma pena que a "honrosa" Gâmbia, que disponibilizou uma frota de mais de 20 carros para apoiar a Guiné-Bissau na realização da cimeira da CPLP, em 2006, que ostenta uma frota de carros oficiais de ultimo modelo, não seja capaz de pagar o conserto de um acidente provocado por um carro oficial do governo (o mesmo que dizer santos da casa não fazem milagres).

Se fosse para oferecer alguns carros ao país pedinte que somos, acredito que seriam capazes de doar mais de uma dezena de veículos novos. Mas corrigir uma irresponsabilidade, como se diz na gíria popular... "está quieto, ó preto!"

Estou de acordo contigo de que isto não pode ser deixado passar em branco. Pessoas dignas assumem os seus compromissos, pessoas de palavra, honram os seus engajamentos e pessoas com decência, reparam os erros cometidos. Na ideia de fazer alguma coisa sugiro que tornes esta irresponsabilidade e falta de decência da Gâmbia numa vergonha internacional para a Gâmbia.

Aconselho-te a escreveres uma carta (para além das já escritas), ao ministério do Turismo gambiano (na qualidade de responsavél da viatura que bateu no teu carro).
Uma segunda correspondência aos orgãos da CEDEAO e União Africana (anexando todas as correnpondências já enviadas inclusive para o nosso mistérioso ministério dos negócios obscuros) e por último às Nações Unidas, sendo a "Gâmbia" um país pertencente a esta magna organização, espelhando a "bandidagem" de um Estado policial, que se esconde por detrás da segurança de Estado para fugir a uma factura que acredito que não ultrapassa o budget que se gasta numa semana na embaixada da Gâmbia em Bissau.

Existe um directório da CIA, onde são publicados os nomes de todos os responsáveis de governo do mundo, onde poderás sacar o nome do ministro bandido que não quer se responsabilizar. (world Leaders): https://www.cia.gov/library/publications/world-leaders-1/world-leaders-g/gambia-the.html
Obs:
Não deverá ser difícil encontrar os endereços das outras instâncias regionais (CEDEAO e União Africana)


Mantenhas


C.H.
"

NOTA: Obrigado, amigo. A Gâmbia nem supõe o que está para vir... sinta bu sukuta... AAS

Embaixada da Gâmbia: Não há ministério que vos possa valer! Paguem e ponto final. AAS

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

São números: «Visualizações de páginas de hoje: 5.083 / Visualizações de páginas de ontem: 6.854»

Sr. Soares Sambú, Conselheiro Político e... DIPLOMÁTICO (!?)... do Presidente da República... já disparei um tiro na Embaixada da Gâmbia...

NOTA de ENTRADA: Disparei o primeiro TIRO na Embaixada da Gâmbia, há 10 minutos... mais tiros virão. Cancelei a minha ida a Dakar, hoje, para resolver de vez o meu problema.

Sr. Conselheiro Soares Sambú

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Há mais ou menos 1 mês que V. não atende os meus telefonemas. Não sei porquê, e também não vou perder sono a pensar nisso. Posto isto, vamos ao que realmente interessa.

V. sabe tudo sobre o que me aconteceu na jangada do porto da Gâmbia em 11 de julho de 2010 - para além de ler o meu blog. Sei também, por interposta pessoa, que você tomos conhecimento do caso. Embora não tenha feito nada. Absloutamente NADA! E ainda assim é V o Conselheiro Político e Diplomático do Presidente da República - essa é que é a verdade. Entendo-o, Sr. Conselheiro: há fogos maiores por apagar...

Pois bem, mas parece que V. ignorou, tal como a Presidência da República, a Primatura, o Ministério do Interior e o dos Negócios Estrangeiros (esse, anda na boa vida, em viagens e mais viagens, como se a Guiné-Bissau não tivesse mais Embaixadas na Europa...) - ignoraram todos o meu problema.

MAS QUANDO ACORDAR, sr Conselheiro...será tarde demais. Como já escrevi, hoje dei o PRIMEIRO TIRO na Embaixada da Gâmbia. Acertei em alguém? No carro do Embaixador Djila? Não sei, eles estarão a esta hora na polícia a dar conta do sucedido... E eu? Eu estou-me nas tintas (para não dizer a CAGAR para um possível conflito diplomático com o Estado (TRAPACEIRO) da Gâmbia, cujo PRESIDENTE YAYA JAHMEH diz CURAR A SIDA (AIDS).

Hoje, tomei esta medida: chamei alguém para fazer uma chave nova, e retirei o meu carro da porta da Embaixada (de aldrabões) da Gâmbia. O meu carro NÃO tem de apanhar por tabela. Os carros da Embaixada da Gâmbia é que são o alvo...

Quero que a Embaixada da Gâmbia se foda, bem como o seu Presidente feiticeiro - YAYA JAHMEH.

Tenho escrito, António Aly Siva

Mesmo 'suspensa', e com substituto... Ministra do Interior visita esquadra do Bairro Militar...

Assim... Acho que o 1º Ministro deve 'suspender' também o ministro Oliveira Sanca... Por este o ter desrespeitado e por não ter 'tomado' o Ministério do Interior... Qual doido mesmo é que tem 'cojones' para ocupar o lugar da Ministra Hadja Camará?
Nin-guém. Ki dudu ka padidu inda... AAS

INFORMAÇÃO: Retirei agora mesmo o meu carro da porta da Embaixada da Merda da Gâmbia. A revolução tomará outro rumo... AAS

Ah, ah, ah... A Gâmbia tem agora polícia `a porta. FUCK the Gambia, Fuck Yaya Jahmeh and the Embassy of The Gambia in Bissau

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ÚLTIMA HORA/Crise no Governo: A crise está em banho-maria, e no Ministério do Interior quem reina é a Ministra Adja Camará. AAS

Perguntam: como vai acabar esta crise. Respondo: jogo triplas. 1 X 2. Feliz djumbulumani... AAS

Quem me dera...

À primeira vista, 'guerra das rosas', de Camané, começa com uma zanga a prometer:

"Partiste sem dizer adeus nem nada
Voltaste e nem desculpa pediste
Perguntaste porque que é que eu tinha chorado
Eu respondi, mas quando vi que sorriste,
Eu disse que estava triste, porque tu tinhas voltado!

Zangada esvaziaste o meu armário
e em nada ficou o meu disco preferido...


Segue-se, depois, um 'rol de vinganças e torturas', de duas pessoas que um dia se prometeram um ao outro, acabando como tantas discussões, arrufos e birras:

... No escuro tu insistes que eu não presto
Eu juro que falta a parte melhor
Um beijo acaba com o teu protesto
Amanhã conto-te o resto.. boa noite meu amor
"

Lá está, coisas simples, do amor e dos dias. Como o nome do álbum AAS

E ainda o dia vai a meio...

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Nô pintcha

EXCLUSIVO/Crise no Governo: Presidente da República recebeu já o Despacho do Primeiro-Ministro. Mas não vai exonerar a Ministra do Interior. AAS

Primeiro-ministro da Guiné-Bissau poderá ser vítima de conflito com a ministra do Interior

Jornal «Público», Portugal

"O lugar de Carlos Gomes Júnior à frente do Governo da Guiné-Bissau poderá estar em risco, depois de a ministra do Interior, Adja Satú Camará, não ter aceite o despacho em que ele a suspendeu de funções.

Integrada no executivo por indicação expressa do Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, a ministra decidiu fazer algumas nomeações de pessoal (oficiais superiores) sem consultar Carlos Gomes Júnior, presidente do partido maioritário, PAIGC, mas com o seu poder muito enfraquecido desde que em 1 de Abril chegou a estar sequestrado por um grupo de militares, sob o comando do general António Indjai. A dada altura, este ameaçou mesmo matá-lo.

“O comportamento da ministra do Interior configura um claro desafio à autoridade do primeiro-ministro, ao permitir-se desobedecer-lhe ostensivamente, atitude imperdoável”, diz um despacho de Carlos Gomes Júnior, revelado pelo blogue “Ditadura do Consenso”, que tem acompanhado a par e passo todo este processo.

Devido à rebelião de Adja Satú Camará, uma das militantes mais poderosas do histórico PAIGC, o fragilizado primeiro-ministro suspendeu-a imediatamente das funções, “enquanto se aguarda a sua exoneração pelo Presidente”, que entretanto se sentiu mal durante o fim-de-semana e tem estado nos últimos dias a ser observado no vizinho Senegal, de onde se espera que possa regressar num dos próximos dias.

O ministro da Administração Territorial, Luís Oliveira Sanca, acumularia com as suas funções as de titular do ministério do Interior, segundo o desejo de Carlos Gomes Júnior.

Durante a discussão acalorada que houve entre o primeiro-ministro e Adja Satú Camará, e em que esta teria rasgado o despacho em que era suspensa (segundo contou ao PÚBLICO uma fonte que acompanha regularmente a situação política em Bissau), Carlos Gomes Júnior manifestou-se disposto a esbofetear a ministra, no que foi impedido pelo ministro do Comércio, Botché Candé, conforme conta o referido blogue, da autoria do jornalista António Aly Silva.

Uma vez que Adja Satú Camará Pinto, segunda vice-presidente do PAIGC, é uma das pessoas da confiança do chefe de Estado, a sua suspensão, conforme já foi referido pela BBC, poderá ser encarada como mais um episódio da guerra latente entre Carlos Gomes Júnior e Malam Bacai Sanhá, cuja coexistência tem vindo a ser muito atribulada, apesar dos desmentidos que ambos ocasionalmente têm feito sobre o enorme conflito de interesses que os separa.

A ministra que não aceitou ser suspensa já esteve reunida tanto com o general Indjai, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, como com o contra-almirante Bubo Na Tchuto, chefe do Estado-Maior da Armada, nesta altura os dois militares mais poderosos da Guiné-Bissau e sem cuja concordância parece que nada se faz. Há quem os considere mesmo o poder “de facto”. E é por isso mesmo que se admite nos meios políticos de Bissau que Carlos Gomes Júnior não se aguente por muito mais tempo nas funções de primeiro-ministro.

Durante a próxima semana deverá efectuar-se um Conselho de Estado, de modo a encontrar saída para uma situação de conflituosidade que parece insustentável.
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Por: Jorge Heitor

ÚLTIMA HORA: Reunião do Conselho de Estado, adiada para a próxima 5a feira, dia 4 de Novembro.

ÚLTIMA HORA: Presidente Abdoulaye Wade visitou PR Bacai Sanha ontem à noite. Ali Bongo, PR do Gabão, enviou mensagem de apoio. AAS

ÚLTIMA HORA/Crise no Governo: CEMGFA António Indjai, está reunido na Primatura com o Primeiro-Ministro. AAS

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Crise no Governo - Primeiro-Ministro ameaçou Ministra do Interior: "Levas já um estalo!"

O que se passou, hoje, na Presidência do Conselho de Ministros, mostra que os guineenses que nos governam ainda não estão preparados para isso.

A lei orgânica do Ministério do Interior é clara: admite três comissários nacionais adjuntos (Operações e Segurança, Recursos Humanos e Logística).
No seu artigo 45, ponto número 3 diz que a Ministra do Interior é quem os nomeia, sem passar pelo Conselho de Ministros.

Por força do artigo 44, o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública é nomeado por despacho conjunto do Primeiro-Ministro e do ministro da tutela (neste caso, da Ministra do Interior).

Hadja Satu Camará, não terá violado nenhuma lei. Ainda por cima, tinha avisado o PM da remodelação que ia efectuar no ministério que tutela.

Ontem, a ministra foi ter com o PM para lhe pôr ao corrente das mudanças. E este pediu-lhe que parasse tudo. E aí começou tudo.

Na discussão acalorada que se seguiu, os dois travaram-se de razões e quase iam chegando a vias de facto. "Levas já um estalo", terá dito o PM à Ministra. Levantou-se mesmo na sua direcção, mas foi impedido pelo coronel Buota Nanbatcha.

"Deixa esses bandidos (referia-se a Serifo Mané, oficial superior dos serviços de inteligência e director-geral adjunto do SIE - Serviços de Informação do Estado; e aos conselheiros da Ministra - Marcelino Cabral 'Djoy' e o engº Braima Djassi).

A ministra continua no cargo. Aguarda-se a chegada ao País do Presidente da República, Malam Bacai Sanha, o que deverá acontecer na próxima quinta-feira. AAS

EXCLUSIVO/Crise no Governo: O despacho que precipitou o '26 de Outubro'

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"Primeiro Ministro


Despacho

Por meu despacho de 24 de Julho de 2009 determinei que ficassem suspensas todas as promoções, tanto no seio das forças Armadas como no âmbito do Ministério do Interior, isso para não perturbar ou prejudicar o processo de reforma em curso no Sector da Defesa e Segurança.

A Senhora Ministra do Interior tinha perfeito conhecimento desse Despacho e, não obstante, entendeu dever fazer várias nomeações de pessoal (Oficiais Superiores) ao nível do seu Ministério, e até propunha-se conferir-lhes posse ainda hoje, tudo sem conhecimento prévio do Primeiro-Ministro.

É da praxe – e a Senhora Ministra sabe-o bem – que se tem de concertar sempre com o Primeiro-Ministro as nomeações e promoções de pessoal com certo estatuto, como é o caso.

O comportamento da Ministra do Interior configura um claro desafio à autoridade do Primeiro-Ministro, ao permitir-se desobedecê-lo ostensivamente, atitude imperdoável e que não se coaduna com as responsabilidades de um membro do Governo.

Assim, e porque tal facto merece a devida correcção, determino o seguinte:

1. Fica imediatamente suspensa das suas funções a Ministra do Interior, Hadja Satú Camará Pinto, situação que se manterá enquanto se aguarda sua exoneração por Sua Excelência o Senhor Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro.

2. O Ministro da Administração Territorial, Dr. Luís Oliveira Sanca, acumulará, entretanto, com as suas funções, as do Ministro do Interior.

3. Transmita-se o presente Despacho para conhecimento de Sua Excelência o Senhor Presidente da República e dos Ministros acima referidos.

Cumpra-se

Bissau, 26 de Outubro de 2010

O Primeiro-Ministro,

Carlos Gomes Júnior
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Ops... Segundo a notícia do Repórter RTP-África, «as crianças procuram ferro-velho para vender na «xucata'»

... Não haverá, na delegação da RTP, em Bissau, alguém que saiba o português para corrigir os textos?! «Xucata»? ou sucata?!! É claro que fico chateado, pá... AAS

ÚLTIMA HORA/Crise no Governo: CEMA Bubo Na Tchuto, está reunido com Ministra da Administração Interna. AAS

Crise no Governo: Ministra do Interior recusou receber ordem de suspensão

Hadja Satú Camará, ministra da Administração Interna, recusou receber o despacho do Primeiro-Ministro que a suspende das suas funções. Por uma simples razão: ela não existe no nosse regime.
Para o seu lugar, Cadogo nomeou Oliveira Sanca, que acumularia, assim, com o de ministro da Administração Territorial.
E Hadja Satú Camará já disse que não abandona as instalações do ministério que tutela. Os militares já fizeram a sua aparição. Just in case. É caso para dizer: No ministério do Interior, contam-se espingardas... AAS

ÚLTIMA HORA: Crise no Governo - Ministra da Administração Interna está neste momento reunida com o CEMGFA António Indjai. AAS

Crise no Governo: Primatura a ferro e fogo

... Que houve bronca da boa, na Primatura, entre o Primeiro-Ministro e a sua ministra do Interior, Adja Satu Camara, disso não haja dúvidas...
Consta que na propalada mas sempre adiada remodelação governamental, o PM quer tirar a ministra do Interior e para o lugar desta nomear o actual ministro do Comércio (e de djidiundadi) Botche Candé.
Palavras como "bandido", "assassino", "agente português", entre outras foram ditas alto e bom som. Ouviu quem estava presente na sala. E nos corredores. AAS